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ESTRATÉGIA DE ESTUDOS – PARTE 1

  • concursosmpraiz
  • 3 de ago. de 2019
  • 5 min de leitura

Fala pessoal, tudo bem?


Hoje vamos falar um pouco sobre estratégia de estudos para uma prova objetiva, principalmente após a publicação do edital ou na sua iminência, como é o caso do concurso do MPMG.


De antemão, registro aquilo que com certeza você já deve estar cansado de ler e/ou escutar, no sentido de que “não existe uma fórmula mágica, estudo certo ou errado”, mas apenas aquilo que provavelmente possa dar mais certo ou errado e, consequentemente, possa favorecer seu desempenho em determinada etapa/prova.


Bom, vamos lá!


Em primeiro lugar é importante você conhecer o ESTILO DA PROVA.


Atualmente, se você já presta concursos públicos nos mais diversos Estados, ou mesmo, possui o hábito de realizar questões objetivas diversificadas em sites específicos, sabe que cada prova tem o seu estilo próprio, ainda mais sendo banca própria (examinadores oriundos da própria instituição) ou banca contratada (responsável pela elaboração e aplicação), não é mesmo?


Pois então, é necessário ter esse conhecimento como primeiro ponto para definição de uma boa estratégia de estudos, pode parecer uma obviedade, mas saiba que não é para muitos... Já cansei de ver outros candidatos resolverem questões de determinada banca antes da prova como treino e/ou tecerem críticas após uma primeira fase pensando que o concurso X foi feito por uma banca contratada quando, na verdade, foi por banca própria, por exemplo.


Claro que o estudo para primeira fase, como veremos a seguir, tende a seguir uma formato esperado quanto à sua maior incidência em legislação (lei seca), mas quem também nunca ouviu aquele conselho: “Vai fazer prova CESPE/CEBRASPE? Estuda os informativos!”???

É esse ponto que precisamos delimitar: O concurso será organizado por banca própria ou por banca contratada? É fundamental estudar as provas anteriores, obviamente desconsiderando desatualizações, mas absorvendo o formato da prova, qual FERRAMENTA DE ESTUDOS mais utilizada (legislação, jurisprudência ou teoria), quantas questões serão cobradas no total, quantas alternativas por questão, qual número de questões por matéria etc.


Bom, feito esse primeiro levantamento, é interessante traçar o seu CRONOGRAMA de estudos até o dia/mês esperado para aplicação da prova, considerando que também não adianta estar munido de boas estratégias e não ter em mente quanto tempo você levará para utilizá-las, chegar a data da prova sem ter concluído pontos essenciais, visto determinada matéria etc.


Outro erro comum que comumente acontece é o de muitas pessoas que falam: “vou seguir estudando com o cronograma normal, lendo lei seca, doutrina e jurisprudência com a mesma ênfase...”; ou, então, “agora só vou estudar o vade mecum, pois tenho dificuldades na lei seca...”.


Na minha opinião, o primeiro caminho tende a dar errado pela falta de estratégia, reparem que não houve nenhuma preparação específica para uma prova objetiva que, sem dúvidas, exigirá alta performance do candidato e, principalmente, para aquela em especial, que também requer a percepção de todos esses pontos que estamos aqui abordando.


Mas afinal, esse candidato pode avançar para uma segunda fase?


Sim, certamente! Vamos lembrar aqui, mais uma vez, que não existem regras estanques quando estamos falando sobre estratégia de estudos, mas a probabilidade é que esse candidato fique fora da nota de corte, ainda que tenha disciplina e bagagem de estudos.


De outro lado, penso que quem larga a doutrina/caderno, informativos para estudar só os resumos dos resumos e declara amor eterno ao vade mecum também tende a fazer um estudo muito superficial, caso não tenha domínio da parte teórica e conhecimento do que já está consolidado na jurisprudência dos Tribunais Superiores, o que está em discussão naquele momento no cenário jurídico (forense e “concursal”).


Um adendo: claro que se existir um bom preparo prévio, pode ser sim uma estratégia de véspera, como um “sprint”, priorizar só a legislação, mas isso requer muito cuidado, principalmente, autoconhecimento quanto ao nível de estudos, do contrário, será mera perda de tempo, e até mesmo um recuo, pensando nos estudos como um projeto que deve ser considerado como de longo prazo.


Infelizmente, às vezes pode bater aquele momento de desespero que te faça pensar que se determinado jeito de estudar é que faz avançar para uma primeira fase, que foi o que aconteceu com determinado candidato ou com seu amigo, é o que servirá para você que já estuda há bastante tempo e ainda não avançou para a segunda, que geralmente fica por poucos pontos para prosseguir, não é verdade?


Não, não é, pois você é único, logo pode possuir facilidade com determinada matéria e dificuldade com outra, dominar mais a legislação e saber menos a teoria. Enfim, essa avaliação é essencial, pois é justamente quando você consegue identificar suas próprias falhas e acertos e o “negócio”, finalmente, começa a andar!


Assim, considero que o ideal, em um primeiro momento, é a pessoa ter uma autoanálise do tempo de estudos, há quanto tempo ela está estudando com alto rendimento, como foi o desempenho nas últimas provas, quais são as maiores dificuldades (matéria/ferramenta de estudos) e, a partir daí, traçar o cronograma.


Há pouco também mencionei a importância de saber sobre a quantidade de QUESTÕES que são cobradas para cada DISCIPLINA, esse pode ser o seu norte na organização também.


Isso porque, por exemplo, não há muita razoabilidade estudar Direito Empresarial com a mesma intensidade da esperada no Direito Penal para as provas do Ministério Público.


Aviso, desde já, que não adiro opiniões no sentido de que: “você pode deixar de lado, porque quase não cai”; ou, “você não vai aprender em pouco tempo o que não aprendeu até agora”.


Ao revés, penso que você pode direcionar a forma de estudar para essas matérias de menor incidência a partir da legislação, resumos, equilibrar o tempo de estudos, mas não deixar de lado!


Até porque nas fases seguintes ela poderá ser cobrada, logo, esse método de deixar os estudos muito fracionados (estudo só para a primeira fase; depois me preocupo com a segunda) não é o recomendado, pois não haverá como recuperar o tempo perdido, o máximo é essa visão de definição de estratégias, saber os temas com maior probabilidade, o estilo da cobrança etc.


Nesse último parágrafo também já antecipei o próximo passo que seria justamente esse AJUSTE do que você irá estudar DENTRO DE CADA DISCIPLINA, diante da forma que ela foi cobrada nas provas anteriores.


Por exemplo: Direito Penal, é preciso apurar: foi uma disciplina mais teórica (doutrina), legislação ou jurisprudencial? Caiu mais parte geral ou especial? Como foi a abordagem dos temas de legislação esparsa?


Com isso, você já sabe como precisa estudar para essa prova que se avizinha, sem cair no erro de pensar que só por ser uma prova de Ministério Público o formato será igual, jamais!


Basta comparar uma prova aplicada pelo MPPR, que costuma sempre seguir o estilo próprio, em uma abordagem mais teórica, de uma MPSP, essencialmente legalista.


Isso faz toda a diferença na hora dos estudos de véspera (próximo da prova) e, muito provável, é o que fará você avançar para as próximas etapas.


Destaco que esse levantamento é importante fazer para todas as disciplinas de uma forma bem atenciosa e, ainda que muitos cursos já ofereçam esse serviço e você tenha acesso, vale a pena refazer as provas anteriores para “sentir” a prova e começar a ter esse domínio de percepção das provas para o quanto antes conseguir independência na formatação de seus estudos (para quem ainda não tem).


Obs.: Quanto à análise das disciplinas e assuntos cobrados nas últimas provas do MPMG, conforme já avisamos em outra oportunidade, o blog também irá disponibilizá-la.


Bom, esse foi um breve texto introdutório sobre organização de estudos, ainda poderíamos falar sobre revisões, constância na elaboração de questões objetivas antes da prova, identificação das leis mais recorrentes e forma de estudá-las, mas para evitar obviedades e ter a oportunidade de registrar o meu ponto de vista de forma mais pontual, vamos deixar para um próximo encontro.


Além disso, caso tenham dúvidas e/ou sugestões, fiquem à vontade para registrá-las.


Um abraço,

Priscila França.

 
 
 

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